
Roubaram meu carro! O que eu faço? Descubra!
Ter o carro roubado, infelizmente, é uma situação rotineira em nosso país. Quem nunca passou por isso ou conhece alguém que tenha passado? Pensando rapidamente em uma resposta para essa pergunta, nos daremos conta de que esse problema é maior do que poderíamos imaginar a princípio.
Nesse contexto, é muito importante se resguardar de diferentes maneiras. E a principal forma de prevenção, certamente, é um bom seguro automotivo. Afinal, não é nada razoável perder um patrimônio que exigiu muito trabalho para ser conquistado.
Mas, mais do que investir em um seguro de confiança, é preciso saber o que fazer caso “o pior” venha a acontecer. Daí a pergunta: “roubaram meu carro, e agora?”. O artigo de hoje serve, exatamente, a esse objetivo, isto é, explicar o que deve ser feito caso o seu veículo tenha sido roubado.
Para tanto, explicaremos como você deve agir, de que maneira entrar em contato com a polícia e sua seguradora, além de explicar o que você pode fazer para se prevenir e de lhe contar sobre um direito que você provavelmente não sabe que tem.
Vamos lá!
1. E agora? Não se desespere
Seu carro foi roubado. E agora? Você sabe o que fazer? Quais procedimentos tomar? Qual deve ser a sua reação no contexto de um assalto? Como funcionam os seguros automotivos? Responderemos a essas e outras perguntas nesta sessão.
1.1. Mantenha a calma e jamais reaja!
Entre as decisões a serem tomadas depois de ter o carro roubado, manter a calma é a principal delas. Afinal, assaltos são situações de extremo risco, e é necessário ter a cabeça no lugar para fazer a coisa certa
E, como não poderíamos deixar de alertar: nunca reaja a assaltos. Nenhum bem material é equivalente à sua integridade física. Por isso, quando próximo ao bandido, tente transparecer tranquilidade e, simplesmente, saia do carro e entregue a chave.
Nesse momento, por mais que a sua intenção seja de não reagir, qualquer movimento brusco poderá demonstrar o contrário. Dessa maneira, anuncie qualquer movimentação que você vá fazer em alto e bom som: “Estou retirando o sinto!” ou “Vou abrir a porta!”.
Infelizmente, nesses momentos de pânico, temos que pensar também na tranquilidade do bandido. Parece irônico dizer isso, mas o fato é que muitas dessas pessoas não têm nada a perder e, caso haja o mínimo de desconfiança da parte do assaltante em relação a você, podem reagir com um disparo de arma de fogo.
Com isso, mais uma vez, reafirmamos a necessidade de se manter a calma. Tomando as decisões certas, isto é, não reagindo e mantendo-se tranquilo por esses instantes, tudo acabará em alguns minutos e você poderá adotar as medidas cabíveis para tentar reaver o seu bem.
1.2. Entre em contato com a polícia
Passados o assalto e todas as dificuldades que essa situação envolve, é hora de entrar em contato com a polícia. Antes disso, porém, certifique-se de que você está em local seguro! Caso você esteja sozinho, é interessante ficar próximo de outras pessoas ou de locais com algum movimento, como estabelecimentos comerciais ou postos de gasolina.
Feito isso, ligue para o 190 e espere pela viatura. Ao informar o assalto por telefone, as unidades policias da região já passarão a monitorar o perímetro.
Em seguida, vá até a delegacia para fazer um boletim de ocorrência. Sem ele, você não conseguirá acionar o seu seguro. E, ao fazer o B.O., é importante se lembrar de todos os detalhes do assalto. Por isso, faça algum esforço para se recordar dos seguintes fatos:
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roupas e fisionomia dos assaltantes;
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características da arma utilizada (na ocasião de o bandido ter portado uma);
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tipo de abordagem dos criminosos: o que pediram que você fizesse? O que foi falado? Eles usaram de violência física?;
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local e horário do assalto;
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características do veículo: placa, cor e modelo;
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quais objetos você levava no veículo.
Com todas essas informações, as autoridades policiais terão maiores chances de encontrar o seu carro. Além disso, a seguradora também precisa desses dados para liberar uma eventual indenização. E é exatamente disso que falaremos a seguir.
1.3. Acione o seguro
Depois de realizar o B.O., é necessário informar o sinistro à seguradora. Isso pode ser feito diretamente com o seu corretor ou por meio de outro canal formal (e-mail ou telefone, por exemplo). Para isso, tenha em mãos os seguintes documentos:
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boletim de ocorrência;
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carteira de motorista;
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documento do carro;
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documentos do seguro.
Alguns desses documentos, na ocasião do roubo, podem ter sido levados. Por isso, seja precavido e tenha sempre guardada em sua casa uma cópia de cada um dos itens listados.
No momento de fazer os trâmites burocráticos para acionar o seguro, não ter um desses documentos representa uma dor de cabeça e tanto.
Além disso, é necessário que todos os débitos do veículo estejam quitados, como multas e impostos. Sem estar com a documentação em dia, é muito difícil dar encaminhamento a qualquer pedido de indenização.
Nesse contato inicial, será pedido que você conte novamente tudo o que se passou no roubo ou furto. Atente-se para essas diferenças: se há contato entre vítima e ladrão, foi roubo, e, caso não tenha existido, foi furto.
Ciente dessas diferenças, fale do que se passou da forma mais detalhada possível, assim como você fez para o boletim de ocorrência. Além disso, seja fiel aos fatos e evite entrar em contradição — mesmo que sem querer — em relação à versão relatada no B.O.
Em uma etapa seguinte, todos os documentos de forma conjunta a seu depoimento serão anexados a um processo que será revisado por uma equipe de análise. Nesse momento, será verificado a qual tipo de cobertura você terá direito para que a indenização possa ser paga.
Entre uma e outra seguradora, podem existir diferenças significativas para ser assegurado. Fique atento a todas as especificações da apólice, para que você consiga fazer tudo da forma mais ágil possível, economizando tempo e fazendo valer seus direitos.
1.3.1. Prazos para receber indenização
Em casos de dano com indenização integral ou roubo, as seguradoras devem pagar as indenizações em um prazo máximo de 30 dias corridos. No entanto, no momento da análise de seu processo, caso esteja faltando algum documento, essa contagem de tempo será interrompida.
O prazo de 30 dias volta a ser contabilizado assim que você levar à seguradora os documentos que estiverem faltando. Daí a importância de organizar com cautela todos os papéis exigidos pelo seguro, como já foi descrito no tópico anterior.
Se, de primeira, estiver tudo ok com a papelada, é esperado que você receba sua indenização em um prazo inferior a trinta dias. Em tempos de concorrência acirrada, o cumprimento desses prazos é, sem dúvidas, um diferencial.
Por isso, antes de fechar negócio com uma seguradora, tente verificar qual foi a experiência de outros clientes na ocasião de sinistros. Afinal, nada melhor do que conhecer a opinião de outras pessoas que já tiveram contato com a empresa para melhor avaliar o serviço.
1.3.2. Casos de inadimplência
E se a parcela de meu seguro estiver atrasada? Eu ainda recebo a minha indenização? Essa é uma dúvida de muitos motoristas, afinal, na correria do dia a dia, é comum nos esquecermos de pagar algumas contas.
Em uma situação dessas, a vigência de sua apólice será antecipada, sendo que a seguradora emite um comunicado falando de sua situação de inadimplência e especificando qual o novo prazo da apólice. Vejamos um exemplo para ilustrar essa situação.
Um seguro veicular foi vendido em quatro prestações com vencimento em 5 de fevereiro, 5 de março, 5 de abril e 5 de maio. A parcela de março não foi paga. Com isso, segundo a tabela de prazo curto, você terá direito a 180 dias de cobertura, uma vez que já havia sido pago 50% do prêmio.
Essa é uma regra estabelecida pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia do governo federal que regula o mercado de seguros privados no Brasil. Portanto, é a fonte mais segura para se consultar em casos de dúvida.
2. Mas o que acontece quando encontrarem seu carro?
Existem duas situações que chamam atenção quando a polícia encontra um carro roubado que tenha seguro. A primeira é a seguinte: o carro foi encontrado e a indenização ainda não foi paga pela seguradora. E a segunda, por óbvio, é: encontraram o carro, mas a indenização já foi paga.
No primeiro caso, o carro é simplesmente devolvido a seu dono. A polícia terá alguns dias para comunicar o fato e, por meio de uma simples conferência de documentos, o proprietário terá de volta o seu veículo. Já no segundo caso, a seguradora fica com o carro e o proprietário permanece com a indenização que lhe é de direito.
3. Saiba como se prevenir de roubos e furtos
Seguros de qualquer natureza são serviços que o consumidor adquire pensando em não utilizar. Nos casos de roubo de veículo, por exemplo, temos uma situação mais do que indesejável, e ninguém em sã consciência gostaria de viver isso.
Dessa maneira, passa a ser muito melhor adotar um comportamento preventivo, com a intenção de proteger seu patrimônio e contornar o problema da crescente criminalidade.
Pensando nisso, reunimos nesta sessão tudo o que você precisa saber para evitar roubos e furtos. Para tanto, organizamos uma espécie de cartilha com uma série de comportamentos que devem ser adotados por quem gostaria de ter menos chances de sofrer com a ação de bandidos.
Além disso, falaremos sobre a importância do seguro veicular de maneira mais ampla e de algumas tecnologias que podem ser utilizadas para a segurança de seu carro, como serviços de rastreamento, imobilizadores automotivos, alarmes e travas.
3.1. Adote um comportamento preventivo
Confira a seguir quais atitudes você, enquanto motorista, deve ou não tomar para evitar roubos e furtos:
3.1.1. Evite deixar o carro “dormindo” na rua
Essa é uma medida básica, mas que muitas pessoas negligenciam. Isso porque, atualmente, as famílias têm adquirido mais carros, o que exige garagens maiores ou mais vagas, no caso de apartamentos.
E, se for esse o seu caso — necessidade de mais uma vaga —, não hesite em alugar o espaço de um vizinho ou deixar o seu carro em um estacionamento. Por mais que esse seja um custo indesejado, não é nada razoável deixar o seu veículo “dormir” na rua.
Durante a noite, um carro estacionado em uma rua deserta é uma presa fácil para bandidos. Além disso, essa situação colocará o seu perfil de assegurado em uma categoria de risco. Na prática, o preço de sua apólice será mais elevado. Em alguns casos, essa diferença pode ser equivalente à mensalidade em um estacionamento.
3.1.2. Esteja sempre atento ao trânsito
Existe uma série de atitudes no trânsito que te colocam em situação de vulnerabilidade, em termos de assalto. Vidros abertos, objetos de valor expostos e dar carona para estranhos são apenas alguns exemplos disso.
Perceba que todas essas situações são perfeitamente evitáveis sem muito esforço. Por isso, não baixe a guarda! Esteja sempre atento a essas questões, que contribuirão para a sua segurança e a de seu patrimônio.
3.1.3. Não instale acessórios que chamem a atenção
Muitas pessoas têm verdadeira paixão por carros e investem um bom dinheiro em acessórios e equipamentos que conferem um estilo diferenciado ao veículo, como pneus de perfil baixo, rodas de aro maior, sistema de som potente, entre outras coisas.
De fato, algumas combinações são de muito bom gosto, e o aspecto visual do carro passa a ser outro depois de algumas alterações. No entanto, alguns desses acessórios chamam bastante a atenção dos assaltantes, sobretudo rodas e caixas de som.
Quem investe nisso, muitas vezes, sabe o risco que está correndo, mas a pergunta que fica é: vale mesmo a pena? Em termos de segurança, a resposta é “não”, e as estatísticas policiais estão aí para comprovar isso.
Carros com alguns dos acessórios e “melhorias” listadas têm algumas vezes mais chances de serem furtados ou roubados, e o mercado de seguros sabe reconhecer isso. E, como não poderia ser diferente, carros nessa categoria terão um preço médio da apólice mais elevado.
Portanto, avalie com cautela qual a relação entre custo e benefício ao estilizar o seu carro. Em muitos casos, infelizmente, não valerá a pena. Os custos correntes para manter o carro protegido serão o fator que mais peso terá nessa conta.
3.2. Invista em segurança: aposte na combinação rastreador mais seguro
Quanto mais segurança, melhor. Essa é uma daquelas máximas propaladas aos quatro ventos. E, pensando na segurança do seu veículo, esse conselho faz todo o sentido!
Dessa maneira, falaremos, agora, das vantagens de se adquirir o serviço de rastreamento veicular junto ao seguro convencional.
Em primeiro lugar, temos uma vantagem que chama bastante a atenção: seguros para veículos com rastreador podem ser até 30% mais baratos. De seguradora para seguradora, esse percentual apresentará variações, mas qualquer desconto já é muito bem-vindo, não é mesmo?
Mais do que um desconto no seguro, o rastreador é uma segurança adicional formidável: você pode acompanhar a localização de seu carro 24 h por dia.
Em um assalto, por exemplo, instantes depois da fuga dos bandidos, você pode acionar a polícia e prontamente informar qual a localização do veículo.
Isso aumenta consideravelmente as chances de se recuperar o carro. Além disso, outras vantagens são bem interessantes, como a possibilidade de monitorar a localização de seus filhos ao saírem de carro sozinhos.
A visualização desses dados de localização pode ser feita em diferentes dispositivos, como computadores, smartphones e tablets. Uma facilidade e tanto, principalmente para quem gosta de gerenciar tudo pelo próprio celular.
Em se tratando do seguro em si, é importante salientar que esta é a forma mais confiável de proteger seu patrimônio. E, no mercado, com certeza existe a opção de seguro que se adéqua a sua necessidade.
Cada empresa trabalhará com períodos de carência e coberturas adicionais específicos. Cabe ao consumidor pesquisar e entender qual será o melhor plano para ele.
Ademais, como já descrito na primeira sessão, as indenizações são pagas em um intervalo de tempo razoável, e os serviços seguem regras bem estabelecidas pela Susep. Isso configura uma garantia a mais para o consumidor.
3.3. Conheça outros tipos de proteção
Seguindo a linha do “quanto mais segurança, melhor”, vamos falar de outros recursos que podem proteger o seu carro de furtos e roubos.
3.3.1. Alarmes e travas elétricas
O alarme automotivo protege o carro, basicamente, de arrombamentos. Trata-se de um sensor de movimento que capta qualquer presença dentro veículo quando o dispositivo está “armado”. Dessa maneira, assim que o bandido abrir a porta, começa a soar o alarme.
A trava elétrica, por sua vez, é um item de fábrica da maioria dos automóveis mais modernos. No entanto, caso o seu carro não tenha esse opcional, vale o investimento!
Pense, por exemplo, naquelas situações em que você foi relapso e deixou a porta de veículo destrancada ao sair. Com as travas, ter se esquecido de trancar as portas tem bem menos chances de acontecer, uma vez que basta acionar um botão.
3.3.2. Imobilizadores automotivos
Diferentemente do alarme e da trava, o imobilizador automotivo é um dispositivo mais arrojado. O funcionamento desse sistema acontece da seguinte forma: na chave do automóvel, há um chip chamado de transponder. Nele, está inserido um código que é responsável por liberar a ignição do veículo. Na prática, esse código informa a centralina se aquela chave está habilitada a colocar o carro em funcionamento ou não.
Em tentativas de furto (bandido e vítima não entram em contato), qualquer chave que não seja a sua não dará partida no veículo. Isso inviabiliza qualquer tática de bandidos que se valham de uma chave mestra ou, ainda, das famosas ligações diretas.
Um diferencial do imobilizador é que não é necessário apertar nenhum botão para acioná-lo, como acontece com outros dispositivos. Com isso, você não precisa se preocupar em armar ou desarmar o sistema.
4. Tenha parte do imposto restituída
Quem já teve o carro roubado e não conseguiu reavê-lo deve guardar a frustração de ter pago os impostos a troco de nada. Afinal, se a intenção da pessoa é comprar um novo veículo, com esse novo bem, obviamente, virão novos impostos.
Mas você sabia que parte do que você pagou pode ser restituído? A maioria das pessoas desconhece esse direito ou simplesmente não gostaria de correr atrás de receber esse recurso por acreditar que isso envolva grandes esforços.
Segundo a legislação em vigor, a restituição acontece de forma proporcional aos meses em que o motorista ficar sem o carro naquele ano. Por exemplo, se o roubo aconteceu em junho, o proprietário receberá metade dos impostos pagos ao governo.
O formulário de restituição do IPVA pode ser baixado pelo site da Receita Estadual. E, para realizar o pedido, é necessário ir até uma repartição do órgão e protocolar o pedido de restituição (formulário), juntamente do boletim de ocorrência registrado na ocasião do roubo.
Como você pôde perceber, o procedimento é mais simples do que podemos imaginar a princípio. Além disso, o recebimento da restituição acontece por meio de depósito em conta bancária, sendo que os prazos para receber o valor que lhe cabe poderão variar de estado para estado da Federação.
Com a leitura deste artigo, esperamos que você tenha aprendido exatamente o que fazer caso o seu carro seja roubado. Como foi falado no início, entrar em pânico ou se desesperar não configura nenhuma solução.
Por isso, fique atento a todas as dicas apresentadas. Seguindo com atenção tudo que abordamos aqui, você terá melhores condições de ter sucesso na hora de tentar reaver seu bem e de se relacionar com a sua seguradora.
Além disso, fique ligado em nossa cartilha sobre como se prevenir de roubos e furtos e sobre quais medidas tomar para proteger o seu carro. Como em outros contextos da vida, precaução continua sendo um ótimo remédio.
Agora que você está pronto para responder à pergunta: “roubaram meu carro, e agora?”, o que acha de compartilhar este artigo em suas redes sociais? Seus amigos também merecem ficar bem informados!