
Carros sem motoristas: saiba tudo sobre o futuro da indústria automotiva
Muita coisa mudou desde a invenção do primeiro automóvel, em 1886. Nesses mais de 130 anos que passaram, os carros chegaram a um ponto em que nada têm a ver com o pioneiro Benz Patent-Motorwagen, que inaugurou o segmento automobilístico. E essa evolução não pretende desacelerar.
Hoje, vários fornecedores, fabricantes e empresas de alta tecnologia — como Ford, General Motors, Google, Apple, Tesla e Uber — investem em projetos inovadores, que prometem revolucionar o setor de transporte. Um deles é o dos carros sem motoristas (ou carros autônomos), que em breve tomarão conta das ruas.
Então, quer saber mais sobre essa tendência? Confira tudo a seguir!
Como surgiram os veículos autônomos?
Colocar um carro em movimento sem a presença do condutor é um desafio que começou nos anos 80, com a Robotics Institute Carnegie Mellon University (EUA). O primeiro modelo desenvolvido foi um mini robô off-road capaz de circular sem auxílio humano. Cerca de 3 anos depois, foi lançado o NavLab 1, o primeiro veículo autônomo do mundo apto a transportar pessoas.
Essas evoluções continuaram, e desde o começo dos anos 2000 o desenvolvimento de carros desse tipo tem recebido diversos incentivos. O Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), por exemplo, promoveu concursos entre 2004 e 2007 e ofereceu prêmios milionários aos proprietários dos carros autônomos que conseguissem percorrer um determinado trajeto.
O verdadeiro marco na história das versões que dispensam o condutor, no entanto, ocorreu em novembro de 2007, o último ano dos desafios promovidos pela DARPA.
Na ocasião, o Departamento de Defesa dos EUA convidou os maiores cientistas de transporte para provar que a tecnologia empregada nos veículos autônomos era viável, segura e atrativa para o setor automobilístico. Sua missão era fazer o carro percorrer um trajeto de 96 km, com alguns obstáculos, sem nenhuma intervenção humana.
Como os carros sem motoristas funcionam?
A principal diferença entre os carros autônomos e os tradicionais é a tecnologia utilizada para dispensar o motorista ou permitir que ele execute outras tarefas durante o deslocamento. Existem 5 níveis diferentes de automação, mas em todos eles os carros funcionam com mais sensores.
Nos maiores níveis, há ampla conectividade, computadores de bordo de ponta e presença da Inteligência Artificial. Os principais componentes desses veículos são os radares, sonares, câmaras e LIDARs (pulsos de laser que varrem o ambiente em 360º). Outras peças e sistemas incluem o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC), iBooster (servofreio eletromecânico a vácuo), GPS, hodômetro e velocímetro mais sofisticados.
Tais tecnologias foram aplicadas, por exemplo, pela Uber (Ford Fusion híbrido), que lançou um serviço de carros sem motoristas em alguns estados dos EUA. Atualmente em testes, esses veículos ainda têm uma pessoa em seu interior, que poderá assumir o controle em casos emergenciais e outras eventualidades.
Quais são as vantagens desses modelos?
A expectativa é que os carros sejam capazes de promover melhorias na mobilidade e oferecer diversas vantagens aos usuários. Entre elas, estão:
- o aumento do conforto, conveniência e segurança;
- a otimização das tarefas de direção;
- a diminuição da poluição atmosférica e sonora;
- a redução das despesas para os proprietários (impostos e multas);
- a automação da engenharia de tráfego;
- a queda do tempo de deslocamento.
Certamente, veículos como esses farão parte do comércio automotivo dos próximos anos, mudando significativamente a vida das pessoas. Além disso, tratores, maquinários de mineração e outros equipamentos também deverão se tornar autônomos, para aumentar a produtividade e a segurança das suas atividades.
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