
Controle de estabilidade em veículos: você sabe como funciona?
A indústria automotiva tem investido muito em tecnologia para garantir a segurança tanto dos motoristas, quanto passageiros e até mesmo de terceiros. Um dos grandes destaques desse segmento é o controle de estabilidade, que surgiu do termo em inglês Electronic Stability Program, do qual deriva a sigla ESP.
Como a segurança nas estradas é fundamental, esse dispositivo se tornará obrigatório a partir de 2020 para os carros novos e para todos os veículos leves até 2022. No entanto, já é possível encontrar alguns carros com o sistema, até nos modelos populares, embora não esteja presente na grande maioria. Quer saber mais sobre o controle de estabilidade e como funciona? Neste post, nós esclarecemos todas as suas dúvidas. Acompanhe!
Afinal, o que é controle de estabilidade?
Vamos imaginar a seguinte situação: você está viajando com sua família em um dia de chuva quando, sem esperar, um animal cruza a pista na sua frente. Para evitar o atropelamento, a maioria dos motoristas frearia e mudaria de faixa. No entanto, por conta da velocidade e da pista molhada, o motorista tende a perder o controle do carro, que pode gerar um acidente bastante grave. Infelizmente, essa situação ocorre com certa frequência.
Numa situação como essa, o controle de estabilidade analisa a frequência de rotação e a velocidade, identifica o disco que estiver perdendo aderência com o solo e aciona o freio daquela roda, estabilizando a trajetória do veículo. Ou seja, ele evita que o condutor do veículo perca o controle da direção em curvas fechadas, desvios bruscos e em pisos escorregadios, o que garante maior segurança. Geralmente, é simbolizado no carro com o desenho de um automóvel e dois riscos em formato da letra S.
Como o dispositivo funciona?
Por meio de sensores nas rodas, na caixa de direção e no eixo longitudinal, com cerca de 25 mil leituras por segundo, o ESP avalia a trajetória do automóvel e dos movimentos do volante. Se identificar qualquer movimento em sentido diferente ao esperado, alguma situação fora do padrão, os freios das rodas são ativados, individual ou coletivamente.
Então, o módulo alivia a tração do motor e ativa o ABS na roda indicada para fazer com que o automóvel retorne à sua trajetória normal, tudo isso de forma automática. Por esse motivo, todo carro que tem controle de estabilidade também tem ABS. Mesmo que ainda não seja obrigatório, o controle de estabilidade é um componente fundamental na segurança de qualquer veículo e indispensável em situações de emergência, nas quais é extremamente difícil corrigir a trajetória.
Ele depende do controle de tração?
Para ter o controle eletrônico de estabilidade, o veículo também deverá ter ABS e o controle de tração – já que ambos são necessários para o funcionamento do ESC. O sistema antibloqueio de frenagem (ABS) possui sensores de velocidade nas rodas para identificar se alguma delas tende a bloquear. Se houver essa possibilidade, ele reduz a pressão do freio e impede o travamento.
Já o controle de tração identifica se as rodas giram em falso durante arrancadas e acelerações e precisa apenas dos sensores de velocidade de cada roda, assim como o ABS. Por isso, teoricamente, é possível oferecer o controle de tração em qualquer veículo com função antibloqueio de frenagem. Mas o controle de estabilidade ainda oferece outras funcionalidades como um assistente de partida em rampa, que segura o automóvel por um tempo até que o condutor consiga acelerar com segurança.
Como você viu, o controle de estabilidade é um item fundamental para manter a sua segurança e a dos passageiros do seu carro. Portanto, assim como é importante fazer seguro de nossos bens materiais, optar por um carro com esse sistema é assegurar vidas. Afinal, nunca sabemos quando um incidente por acontecer, não é mesmo?
Já que o assunto é segurança no trânsito, aproveite a visita no blog e não deixe de ler nosso post sobre quais carros são mais seguros para viajar com as crianças.